terça-feira, outubro 31, 2006

Como se compatibiliza o facto de Portugal ser um Estado que se baseia na dignidade da pessoa humana com as praxes académicas?

De acordo com o artigo 25º da constituição Portuguesa a vida humana é inviolável; e ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas cruéis, degradantes ou desumanos.
Deste modo, somos levados a pensar como se compatibiliza este aspecto com as praxes académicas, uma vez que muitos jovens têm vindo a afirmar ser vitimas de agressões á sua integridade física, moral e pessoal no decorrer das praxes académicas.
É certo que algumas praxes podem ir contra a dignidade humana de alguns indivíduos, contudo para alguns o que é degradante pode não o ser para outros.
Este assunto tem vindo a ser cada vez mais polémico, e cada vez mais abordado pela comunicação social, contudo a finalidade das praxes académicas é outra bem diferente, uma vez que se pretende ajudar o recém-chegado a integrar-se no ambiente universitário, a criar amizades e a desenvolver laços de sólida camaradagem. Para isso devem realizar-se praxes que levem á interacção entre os indivíduos e que não vão contra a dignidade humana de quem as realize, a Praxe não pode nunca ser sinónimo de humilhação ou de actos de violência, mas sim de diversão para o caloiro.


Tânia Ramalho nº3032

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