_ Então Joana, como está a situação por aí? Já não conseguia ligar-te à vários dias! Dizia bruno ao telefone.
_ Por cá continua tudo na mesma. A situação está a ficar intolerável. Parece que o furacão veio enlouquecer toda a gente.
_ Tens que ter calma e muita paciência e é claro ficar em casa longe dos conflitos!
_ Manter-me longe dos conflitos?! Tu só podes estar a brincar! Aqui já não existe a minha casa, existe apenas um sítio que felizmente aguentou a força do furacão e onde todos tentam entrar.
_ Mesmo assim, tenta! Vou para aí o mais breve possível, infelizmente não tem sido fácil conseguir voo para Portugal.
Depois da conversa com o irmão, Joana voltou para o quarto, reparou como tudo estava diferente, não havia televisão nem computador, tudo tinha sido roubado enquanto estava no abrigo, nos dias seguintes ao furacão. Mesmo assim sentou-se na poltrona de veludo encarnado, agora com algumas manchas de bolor, e olhou através da janela, estva tudo realmente diferente o comércio estava fechado, pois já não havia nada para vender, o que resistira ao furacão fora saqueado, roubado ou pilhado…
Mesmo com todos esses roubos não havia hipótese de deter quem cometia tais delitos, os tribunais não estavam a trabalhar, muitos deles tinham sido levados pela força das águas e do vento, ou então muitos dos que lá trabalhavam tinham morrido, os que sobreviveram não tinham ânimo para voltar ao trabalho. A polícia agora tentava manter a ordem, mas em vão.
Portugal depois do terrível tornado de 25 de Agosto transformou-se num país sem leis, tribunais e muito menos direito.
Inês Germano
sábado, outubro 28, 2006
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