domingo, outubro 29, 2006

Reflexão critica acerca das praxes académicas e a preservação do direito humano

No séc. XIV a praxe era praticada pelos clérigos e pelos monásticos, mas foi no séc.XVI que esta teve mais incidência sob o nome de “investidas”. Era uma prática bastante dura que fez com que esta fosse proibida ao longo de vários anos, mas com a queda da ditadura voltou-se a praxar.
A palavra praxe tem origem na palavra grega, “praxis”, que significa a prática das tradições e costumes. As praxes académicas são um modus vivendi , que é característico dos estudantes e que enriquece a cultura lusitana com tradições exercidas pelos nossos veteranos no uso da capa e do capote.

No nosso entender, as praxes académicas devem ser herdadas, preservadas e transmitidas ás próximas gerações que fazem parte da vida académica. Achamos também que servem para integrar e ambientar o “caloiro” com vista a que estes se sintam mais à vontade nesta nova fase da sua vida e que estes vejam os veteranos como uma futura ajuda caso seja necessário. A praxe é propícia à criação de amizades e ao desenvolvimento de laços de camaradagem. É através da praxe que p caloiro desenvolve um profundo amor e orgulho pela instituição que começa a frequentar, a sua segunda casa.
De acordo com o artigo 1º (República Portuguesa) a Constituição da República Portuguesa, Portugal é uma República baseada na dignidade da pessoa humana e empenhada numa sociedade livre, justa e solidária. Pois como nós sabemos, não é praticamente isto que acontece, deparamo-nos com muitas injustiças no nosso país, e com pessoas mais solidárias e menos solidárias. Ora, se estamos a viver num Estado onde a sociedade tem liberdade de escolha, é livre de escolher ser praxado na entrada para a Universidade, é este o ponto fulcral da nossa reflexão. À partida é dada a liberdade de escolha do “caloiro” querer ser ou não praxado, se a sua escolha for não, não será por aí que vai ser punido, excluído ou prejudicado.

Realizado por:
Catarina Maria nº 3004
Teresa Pica nº 3009

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