Já dizia Harris (1970)*, que o casamento seria uma instituição criada para desempenhar as tarefas que foram consignadas à família, ou seja, a procriação, a educação das crianças e a transmissão de cultura. Podemos constatar a veracidade deste pensamento nos documentários que acabamos de visionar. Com a alteração da estrutura e do pensamento acerca da família na sociedade, alterou-se também a noção de casamento.
A maioria de nós deve ter a ideia de que nos nossos antepassados, o casamento seria uma forma de celebrar uma união que teria de ser salvaguardada de tudo e de todos. Mas parece que a relação conjugal deixou de ser algo a preservar a qualquer preço ou mesmo a custo de todos os sacrifícios. Poder-se-á mesmo dizer que se perdeu um pouco (senão muito) por toda a parte, a importância do modelo tradicional de casamento. Os números de divórcios com que somos confrontados nos nossos dias confirmam-nos este facto. Onde ficou "O Amor e uma Cabana"?!
Existe ainda alguma vontade de casar, mas não "aquela" vontade, que se podia encontrar em gerações e gerações anteriores às dos nossos pais.
A afectividade é aquilo que está na base dos casamentos de hoje, ou pelo menos na sua maioria, o amor entre o casal. Noutros tempos não era assim e podia o casamento chegar a ser um tratado entre duas famílias, ou uma conveniência entre duas pessoas, que deveria manter-se e respeitar-se. No entanto, a afectividade e esta vontade de partilhar experiências pode levar duas pessoas a coabitar no mesmo espaço, juntando-se sem ter que celebrar a união do casamento. Talvez por isso, o número de Uniões de Facto tenha aumentado. Ainda assim, para muitas pessoas o casamento é mais do que um papel assinado, é algo que preconizam e que desejam por mera opção. Para nós hoje, a afectividade encontra-se na base de um casamento.
Porquê casar ou não casar? É uma questão que consideramos individual e que diz respeito a cada um.
* Harris, C. C. (1970), The Family. George Allen & Unwin. Londres Eds.
Trabalho elaborado por:
Ana Margarida Dias;
Ana Teresa Martins;
Manuela Farinha;
Maria Inês Mateus;
Patrícia Mendes;
Sara Abreu;
1 comentário:
Temo que o vosso trabalho fique envergonhado com a companhia! Parabéns...
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